terça-feira, 12 de abril de 2011

A Regeneração

Uma Nova Etapa Política - Matriz inicial do pensamento vintista

Regeneração é a designação dada ao período da Monarquia Constitucional portuguesa que se seguiu à insurreição militar de 1 de Maio de 1851 que levou à queda de Costa Cabral e dos governos de inspiração setembrista. 



O período da Regeneração durou cerca de 17 anos, e terminou com a revolta da Janeirinha, em 1868, que levou o Partido Reformista ao poder. Caracterizou-se pelo desenvolvimento económico e pela modernização de Portugal, a que se associaram medidas fiscais.





A pesar do golpe ter sido dado pelo marechal Saldanha, a principal personagem da Regeneração foi Fontes Pereira de Melo.  





Fontes inspiradoras do movimento político da RegeneraçãoManuel Borges Carneiro, Manuel Fernandes Tomás, Alexandre Herculano e um grupo de intelectuais, na maioria formados na Universidade de Coimbra.

                                               Manuel Borges Carneiro


                                               Manuel Fernandes Tomás



 
Alexandre Herculano

O reino estava cansado de tanta agitação política, sobretudo a burguesia que precisava de tranquilidade que lhe permitisse a expansão económica.


Objectivos da Regeneração:




  1.  Renovação do sistema político e a criação de infra-estruturas básicas necessárias ao desenvolvimento do país.
  2. Promover um conjunto de reformas administrativas e económico-sociais, que tinha como objectivo aumentar o crescimento económico e ultrapassar os constrangimentos de natureza política e institucional que tinham impedido o país de se aproximar dos níveis de desenvolvimento da Europa.
  3. Fazer uma reforma institucional, fazendo aprovar o Acto Adicional de 1852 à Carta Constitucional de 1826 e desvalorizando a falta de democraticidade, a actividade parlamentar e a disputa político-partidária.
  4. Fomento do crescimento económico, com construção de infra-estruturas, de transportes e comunicações, numa tentativa de acabar com o isolamento de várias regiões do país, e de apoio ao desenvolvimento industrial e comercial.

Com estes objectivos institui-se:


  • Ministério das Obras Públicas
  • Comércio e Indústria


Pertencentes a Fontes Pereira e Melo, onde assumiu um enorme protagonismo na acção governativa.

SURGIMENTO DO FONTISMO !
(1819-1887)

Dinamizador: António Maria Fontes Pereira e Melo


Principais progressos:


Meios de transporte:

  • Construção de estradas e pontes - D. Maria Pia (1877)
  • Construção do primeiro troço de linha férrea (Lisboa- Carregado)
  • Melhoria nos portos 

Vias de Comunicação:
  • Inauguração do telégrafo
  • Introdução dos selos postais
  • Surgimento do telefone

Resultados / Benefícios:

  1. Quebra do isolamento das regiões, devido a uma melhoria dos transportes que contribuiu para uma mais rápida, barata e fácil deslocação que ajudou a desenvolver o comércio tanto a nível europeu, como mundial.
  2. Fomento das actividades económicas como a agricultura e a indústria, onde se libertam capitais e mão-de-obra.
  3. As medidas tomadas nos meios de comunicação ajudaram a ser mais fácil a economia nacional, onde facilitaram os pedidos de ajuda.

A Industrialização - o difícil crescimento

A industrialização no país, não aconteceu rapidamente como pretendiam os regeneradores, devido:


  1. Havia falta de matéria prima (algodão importado, carvão de má qualidade e ferro escasso), de mão-de-obra qualificada e de capital, onde os capitalistas não se mostravam interessados no investimento industrial
  2. O mercado interno era pobre
  3. Forte dependência económica do exterior, isto é, para industrializar o país, o governo teve de pedir empréstimos à Inglaterra e à França
  4. Aperfeiçoamento tecnológico.





O Progresso da Industrialização

Apenas a partir do século XIX, a França iniciou o seu progresso no sector têxtil (algodão e lã) e criação de novas indústrias.





Devido ao surto industrial surgem mecanismos de dependência, como:


  • Investimentos externos
  • Empréstimos
  • Competição dos países desenvolvidos


Tudo isto, levou á Queda da Monarquia onde se deu a crise económica de 1880-90, a difusão republicana e o regicídio, que levou à Instauração da República em Portugal.

Fonte:
O Tempo da História, História A, 3ª Parte, Porto Editora

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